Descrição
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.). Assim, a agricultura canavieira no país é bastante extensa, cobrindo uma área de cerca de 10 milhões de hectares de terras agricultáveis. O plantio de cana-de-açúcar no Brasil começou há cerca de 500 anos, mas a expansão da área de cultivo e da produtividade nos últimos 20 anos não tem precedentes. Apesar dos benefícios econômicos apresentados pela expansão do setor sucroalcooleiro, algumas questões precisaram ser melhor discutidas sobre a cultura, como os impactos ambientais causados pelas queimadas. Esta discussão culminou com a Lei n° 11.241, de 2002, que estabeleceu prazos para a erradicação da queima. Prestes a completar 20 anos da criação da Lei n° 11.241, é preciso fazer um balanço das suas implicações para o manejo do solo canavieiro em áreas mecanizáveis, tanto do ponto de vista agronômico quanto ambiental. Neste caderno, são apresentadas as lições para o manejo do solo canavieiro nos primeiros 20 anos de colheita mecanizada no Brasil. Foram reunidos resultados de pesquisas científicas desenvolvidas neste período com o objetivo de abordar em linguagem de ampla audiência os efeitos da conversão do manejo de colheita sem a utilização do fogo para a queima da palha de cana-de-açúcar nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, controle de plantas daninhas e pragas, qualidade tecnológica, fertilidade e adubação do solo, paisagem ecológica nas regiões produtoras, poluição do ar e emissão de gases para a atmosfera.
Organizador: Acacio Aparecido Navarrete
ISBN: 978-65-86943-58-0
Ano: 2021